Nelson Marques Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Norte (ACCiRN) e Associação Cultural Cineclube Natal e-mail: [email protected] Uma continuidade competente para um filme intrigante que envolve a atração pela mágica, pelo ilusionismo e o suspense no gênero policial bem feito. É a continuação do filme Truque de Mestre (Now You See Me, 2013, direção de Louis Leterrier e roteiro de Ed Solomon, Boaz Yakin e Edward Ricourt) que conta a história de três “cavalheiros” mestres do mundo da mágica, chamados de os “cavaleiros”. No filme original um agente do FBI e um detetive da Interpol seguem a pista desse grupo de ilusionistas que roubam bancos durante o show que apresentam e recompensam o público com o dinheiro. Neste 2º. capítulo, após enganarem o FBI, os três cavaleiros, Daniel Atlas (Jesse Eisenberg), Merritt McKinney (Woody Harrelson) e Jack Wilder (Dave Franco), os mesmos do primeiro filme, estão foragidos. Eles seguem as ordens de Dylan Rhodes (Mark Ruffalo), que segue trabalhando no FBI de forma a impedir os avanços na procura dos próprios cavaleiros. Paralelamente, o grupo planeja seu novo ato: desmascarar um jovem gênio da informática, cujo novo lançamento coleta os dados pessoais dos usuários. Entretanto, durante a revelação da farsa, os próprios cavaleiros são vítimas de um contragolpe, vindo de um inimigo desconhecido. Nesta segunda aventura, de tirar o fôlego, os níveis de ilusionismo são elevados e os cavaleiros são enviados a vários lugares do mundo. Após um ano em que despistaram o FBI e ganharam o respeito do público com seus números de mágica, eles ressurgem nesse novo espetáculo. Desta vez por conta própria pretendem expor as práticas sem ética desse magnata da tecnologia. O que não esperavam é que ao final do número fossem desmascarados e raptados por um inimigo desconhecido. Quem os manda raptar é Walter Mabry (Daniel Radcliffe), um prodígio que além de ameaçá-los os obriga a fazer um roubo quase impossível. O primeiro filme tem um roteiro impecável. Apesar de ter uma pequena retrospectiva este segundo filme pode ficar um tanto confuso para saber quem é quem e de que lado. Se puder assista ao primeiro também. A direção deste segundo filme é de Jon M. Chu (G. I.Joe: Retaliação, 2013; Justin Bieber: Never Say Never, 2011, e Ela Dança, Eu Danço 2, 2008), roteiro de Ed Solomon, Peter Chiarelli e Boaz Yakin. A trama tenta repetir a receita aumentando ainda mais a confusão, com praticamente o esmo elenco anterior, mas temperando ainda mais a história com a criação de uma rivalidade de egos entre os ilusionistas. A direção de Jon M. Chu torna quase possível acreditar que Daniel Atlas, Merritti McKinney e Jack Wilder tornaram-se realmente mágicos. A dosagem certa de efeitos especiais, em momentos bem escolhidos, não se privando de explicação para a “mágica”, mesmo quando claramente usados, parece realmente querer consertar o uso exacerbado desse recurso utilizado no primeiro filme, dando-nos cenas que nos fazem crer no puro ilusionismo. Para quem gosta de magia e ilusionismo há outros filmes muito interessantes também: O Grande Truque, Christopher Nolan, 2006, O Ilusionista, Neil Burger, 2006, Atos Que Desafiam a Morte, Gilliam Armstrong, 2007, Mágicos, Andrew O´Connor, 2007, Scoop, O Grande Furo, Woody Allen, 2006, A Máscara do Mágico, John Brahm, 1954, Houdini, O Homem Miraculoso, George Marshall, 1953...
0 Comments
Leave a Reply. |
AutoresGianfranco Marchi Histórico
Fevereiro 2022
Categorias |